quinta-feira, 26 de julho de 2012

Digas de Renato Negrão



Assisti ontem, ao 41 anos , a primeira performace poética de minha vida. Primeira porque estou desconsiderando aqui todas as declamações escolares do passado não por desprezo mas por entender que o conceito é outro.
E só posso parodiar Zumthor: a poesia sente saudades da voz viva.
Durante a quase meia hora que vi e ouvi Renato Negrão , Ulisses Moisés, Victor Munhoz e Das Quebradas senti um misto de euforia, estranhamento e a mais legitima e profunda FELICIDADE. A multiplicidades de sensações deram um nó na minha racionalidade.
Ver a palavra poética alcançar tal extensão expressiva no espaço, ver como os objetos, as roupas, as imagem os sons mecânicos, a voz e a presença de palco de Renato me fizeram viver uma experiencia única. E olha que sou tão aficcionada com a poesia escrita que me sinto feliz só de ver versos no branco do papel. A performace foi para além disso.
Me surpreendi depois com a timidez de Renato durante as conversaçõs pós-performace. Ele havia flutuado em suas poesias sem nenhuma sombra de medo ou timidez. O poeta avança sobre o homem.
Não posso evitar um certo deslumbramento iniciante que talvez me faça parecer ingênua ou amadora. Não interessa. Valeu pelo que vivi.
Obrigada a todos que sei, trabalharam muito para obter aquele resultado.

Norma de Souza Lopes

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