quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


Estive ontem no Bar do Preto por mais de três horas com a pessoal do Coletivoz Sarau de Poesia e dezenas de poetas. 
O evento, uma homenagem a Charles Bukowski, foi regado a bebida e comida  da melhor qualidade e teve como acompanhamento a nata da poesia oralizada, urbana e  contestatória. 
Encontros assim são para se assistir de pé. O fluxo de poetas para um mesmo lugar, a generosidade do encontro, e a genialidade das apresentações me faz crer que estamos diante de uma nova Belo Horizonte, na qual as coletividades, a despeito da burocracia das instâncias culturais, se empoderam poeticamente e se apropriam dos espaços públicos, sejam eles periferias ou centro.
Me senti honrada em receber aqui em Venda Nova o pessoal do Barreiro e fiquei surpresa com a quantidades de adeptos desse fazer poético que são moradores da nossa região.
É isso aí Coletivoz, poesia não deve ficar em prateleiras, fechadas em livros. O lugar da poesia e na força da voz, lançada aos ouvidos,  nas ruas e bares da cidade.
Tamo junto!
Agradeço a minha irmã Ivone, minha sobrinha Lorena e minha filha Carol que me acompanharam nessa noite maravilhosa. agradeço ainda minha amiga Rosely  que divulgou o evento.
Abraço a todos e todas.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Entendi. Não existe um motivo justo para que o poema venha ter um fim. Nenhuma exigência.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Resenha "A morte de Ivan Ilitch"




Acabei agora de ler " A morte de Ivan Ilitch" de Leon Tolstoi, traduzido por Carlos Lacerda. Comprei e li o livro em 97 mas não me lembrava do enredo. Foi curioso reler os trechos que eu havia marcado na ocasião. Dezesseis anos atrá em sublinha coisa como "incompetência do tribunal", "desagradáveis deveres da conveniência", " o casamento nem sempre favorece  os prazeres e as amenidades da vida, e muito ao contrário, perturba frequentemente a tranquilidade e a harmonia...", "prazeres sociais (...) da vaidade. ", separava seus deveres funcionais da sua vida privada" dentre tantas outras marcações. 
No entanto o que mais me agradou na releitura foi, ao final do livro, a constatação construída por Tolstoi na cena da morte de Ilith quase que como revelação:

"Súbito uma força violenta golpeou-o no peito e na ilharga, dificultando-lhe ainda mais a respiração, e ele entrou no saco e lá, bem fundo, havia uma luz. O que lhe aconteceu foi como a sensação que às vezes se tem num vagão de estrada de ferro quando se pensa estar andando de costas, quando na realidade se vai para frente e de repente se percebe a verdadeira direção da marcha." 

A circunstância descrita evidencia que, assim como o que diminui a dor da vida é vivê-la, o que diminui a dor de se estar diante da presença inevitável da morte é simplesmente entregar-se a ela.
A expressão "A morte já não existe!" na penúltima linha me lembrou Nietzsche. 

Recomento a leitura. 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Vamos crer

Vamos crer 
que tendo expulsado o pai
a casa esteja pra sempre limpa

Vamos crer
que um pequeno saco de areia
seja memória contra a tristeza

Vamos crer
que tendo virado aquela esquina
a nova estrada seja bela

Vamos crer
que tendo escolhido entre todos os amores
esse nos faça felizes para sempre

Vamos crer
que tendo feito o melhor com nossos filhos
o mundo seja um lugar melhor no futuro

Vamos crer
por que na estrada da vida
crer é meio caminho andado

N.S.L
15/01/12

domingo, 13 de janeiro de 2013

Acabei agorinha de ver " Guerra dos Botões" filme francês ambientado na França de 1960, durante a guerra contra a Argélia. No começo o filme parecia usar crianças para fazer apologia à guerra, Depois entendi: trata-se se uma bela metáfora contra a guerra. O protagonista Willian Lebrac lidera crianças de 7 a 14 anos e vive um conflito que o leva a compreender o que é a independência. Eu recomendo.

N.S.L.
13/01/13





quarta-feira, 2 de janeiro de 2013