sábado, 17 de dezembro de 2016

cala a boca já morreu

ainda que este poema não atendesse aos cânones de universalidade da poesia brasileira contemporânea;

ainda  que ele fosse um soneto ruim, rimas pobres ou umas quadrinhas bem chinfrins;

ainda que ele só falasse de mim;

ainda que ele arrastasse  uma prosaica estranha;

ainda que eu o tatuasse suas letras disformes em minhas entranhas;

para desgosto dos poetas classistas ensaistas  puristas;

ele ainda seria um poema.

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