segunda-feira, 11 de setembro de 2017

XXXIV Ana Maria Oviedo Palomares Tradução de Norma de Souza Lopes

E quando enfim compreender que o amor bonito o tinhas comigo

Não servirá de nada  
e não vou me importar
que te arranques a alma pensando em nossas noites,
que o despeito te feche as portas do mundo
cada vez que te beijem outros lábios,
que de tanto ansiar seu coração se torne uma pedra vermelha,
fera enjaulada,
como eu rogo agora.

Quando enfim compreender
terei conjurado seu nome,

e se não passar nunca,
pior para ti,

que tiveste a maravilha do fogo entre as mãos
e não te queimaste.

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